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18/11/2022

Bate-papo foi realizado nesta sexta-feira (18) antes da exibição do longa-metragem, com a participação do diretor René Sampaio e a atriz Bruna Spinola

Por Jamerson Soares

O diretor do longa-metragem “Eduardo e Mônica”, René Sampaio e a atriz que participa do filme, Bruna Spinola, estiveram presentes no Circuito Penedo de Cinema e participaram de um bate-papo, nesta sexta-feira (18), no Centro de Convenções Zeca Peixoto. Com a plateia quase lotada, o filme também foi exibido logo após a conversa com os realizadores.

Lançado em janeiro de 2022, o longa é uma adaptação para o cinema da famosa canção “Eduardo e Mônica”, da banda Legião Urbana, mas que foi composta por Renato Russo. A história retrata um casal que não tinha nada a ver um com o outro, mas que acabou se apaixonando perdidamente.

Na conversa, houve um primeiro momento de apresentações, em que os convidados falaram sobre suas experiências, motivações e a felicidade de estarem participando do Circuito. O bate-papo foi realizado de forma descontraída, pareciam que mediador e convidados estavam à vontade e que se conheciam há anos. O encontro foi mediado por um dos entusiastas do Circuito, Ninho Moraes, que também é cineasta e jornalista.

Durante sua fala, René Sampaio contou um pouco sobre sua vivência como diretor de um longa que tem como base uma música que marcou gerações. Ele também falou sobre o processo criativo e os desafios de transformar a música em roteiro cinematográfico.

“Eu sempre ouvia essa música e achava que daria um filme porque é uma história fantástica e com início, meio e fim. A música é bonita, me emocionava bastante porque o poeta contava uma história. Foi um trabalho diário de ler e reler para chegarmos a algo e testar coisas diferentes. Fazer filme baseado em música é um mistério. A gente nunca sabe se está fazendo o certo nem o que a gente quer, a gente experimenta até chegar a algo que dê para mostrar ao público”, revelou o diretor do filme, que convidou o público a mergulhar na história. “Espero que essa mensagem vá com vocês para a casa”.

“Fazer filme baseado em música é um mistério”, disse o diretor. Crédito: Kamylla Rafael

O diretor também falou sobre a textura musical do filme, a composição da trilha sonora e o tratamento do som. “O filme não só vive da trilha sonora. Tentamos encontrar uma textura musical que fosse antiga e moderna, com climas, nuances, que pudesse se comunicar com a memória emotiva e com as gerações passadas e futuras também. Passamos dias e dias e noites trabalhando junto para ter essa textura”

Já a atriz Bruna Spinola relatou um pouco sobre a criação dos personagens e como foi vivenciar Brasília, local principal das gravações do longa.

“Eu lembro que ouvia essa música com minha mãe e via uma ‘historinha’ nela. Eu gostava bastante, tinha muito ritmo. Toda vez que a gente começa um trabalho novo, quando chega em uma cidade nova, a gente vive a cidade, vivencia o lugar. Eu já conhecia Brasília, lugar que sou muito fã”. Ela se aprofundou ainda mais e contou como os atores agiam para compor os personagens.

Bruna Spíndola interpreta a Karina, uma mulher nos anos 1980, que luta por sua liberdade. Crédito: Kamylla Rafael

“A gente vivia a cidade com os nossos personagens. Por exemplo, íamos às festas personificadas e testamos os comportamentos deles nesses lugares, em encontros, em pizzarias, lanchonetes, dentre outros espaços. Era divertido. E para o público: espero que se envolvam com a história”, disse a atriz.

Os dois principais artistas que foram protagonistas do filme, Alice Braga e Gabriel Leone, enviaram vídeo para o Circuito agradecendo o convite e a exibição do filme, como também falaram sobre a experiência de vivenciar a história da música. As mensagens por vídeo dos dois apareceram na tela do Centro de Convenções.