Mesa-redonda ocorreu nesta quinta-feira (17), na Casa da Aposentadoria; objetivo do encontro foi estabelecer um diálogo entre pessoas que disponibilizam cinema em unidades de ensino federais
Por Jamerson Soares
O Circuito Penedo de Cinema promoveu, nesta quinta-feira (17), uma mesa-redonda sobre “Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento”, na Casa da Aposentadoria, centro histórico de Penedo. O encontro tem parceria com Cinemas Em Redes, projeto viabilizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e Cinemas em Rede (RNP), composto por cinemas e exibidores que estão em universidades e institutos federais.
O objetivo da mesa foi estabelecer um diálogo entre pessoas que disponibilizam cinema nessas unidades federais e discutir sobre cinema, território e desenvolvimento, qual a relação entre essas dimensões, qual a contribuição do cinema para o desenvolvimento territorial.
Estavam presentes na mesa Álvaro Malaguti, integrante da RNP e que foi o mediador da mesa, Guido Lemos, professor da Universidade Federal de Paraíba (UFPB) e secretário de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de João Pessoa; Alfredo Manevy, que foi secretário de políticas culturais do Ministério da Cultura, foi secretário executivo do mesmo ministério, foi um dos idealizadores e implementadores da SP Cine e é professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); a Lívia Gonçalves, gestora de uma das maiores salas de cinema de universidade, o Cine Arte da Universidade Federal do Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, além da Raquel Pellegrini, que é assessora técnica da Secretaria de Cultura de Santos (SP), e produtores, cineastas e pesquisadores da área.
Foram discutidos assuntos como a construção de políticas públicas inovadoras para o cinema nas universidades, as diferenças de realidades das comunidades em relação ao cinema, espaços de formulação e inovação, locais potentes que são desassistidos, captação de recursos, a viabilização de projetos audiovisuais, projetos de inovação e formação, o papel da universidade em dialogar com a comunidade por meio do audiovisual, dentre outros.
Foi uma discussão calorosa em que cada um pôs sua opinião a respeito de cada assunto abordado. Além disso, os presentes na roda de conversa falaram sobre suas experiências em salas de cinemas nas unidades de ensino federais e os desafios.
Para Álvaro Malaguti, a conversa foi muito boa porque foi constituída por pessoas que estabelecem uma longa trajetória e experiência em diversas iniciativas, seja na distribuição, na constituição de salas, seja no desenvolvimento tecnológico.
“A gente tem aqui pelo menos umas quatro pessoas que tem uma longa trajetória e que estavam precisando se reencontrar para pensar esse tema, que surgiu em uma conversa com Sérgio Onofre. Então foi um diálogo muito proveitoso e cheio de conhecimento. Foi uma troca de saberes. Achei muito bom”, disse Malaguti.