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17/11/2022

Evento estreou no Circuito Penedo de Cinema com a exibição de filmes de todo o país na Praça 12 de Abril

A Mostra recebe mais de 90 curtas-metragens exibidos nas últimas edições do Circuito Penedo. Crédito: Kamilla Rafael

Por Jamerson Soares

Visando ainda mais a inclusão, educação e formação da comunidade do município e a exibição de filmes para as famílias, a 1ª Mostra de Cinema Livre estreou no Circuito Penedo de Cinema com muita animação e recheada de novidades. É a primeira vez que as telonas do Circuito ficam disponíveis a céu aberto gratuitamente para esse determinado público, o que faz o evento ser considerado um dos pontos de cultura mais acessíveis do Brasil. A mostra começou no dia 15 e segue até sábado (19), sempre às 19h, na Praça 12 de Abril.

Foram quase 100 curtas-metragens de todos o país selecionados para a mostra, sob a curadoria de Vera Rocha, Simone Cavalcante e Nicole Freire. São animações, ficções, documentários, performances, com temáticas que englobam o meio ambiente, questões sociais, a diversidade, identidade de gênero, povos originários, a negritude e elementos da religião afro-brasileira, a infância, dentre outros.

Segundo Vera Rocha, que há 20 anos tem trabalhado na área de produção, a mostra foi idealizada e executada devido à alta demanda de filmes e também para organizar por classificação indicativa. Ou seja, tinha filme que não pertencia à classificação de determinada mostra e mesmo assim era exibido. Nesta edição, com essa novidade, a mostra recebe público com idades a partir de 12 anos.

Ela também contou que os curtas foram selecionados por meio de critérios próprios, conforme o repertório sociocultural das curadoras e da mostra.

“Eu já tenho experiência porque já fui curadora de outras mostras que foram produzidas aqui. Essa é uma nova experiência e uma enorme responsabilidade. As minhas escolhas foram pautadas na parte ambiental e educação doméstica”, disse Vera.

Para a exibição dos curtas, foi montado um palco com uma grande estrutura, como também equipamentos potentes de som e cadeiras para que o público se sinta confortável. O espaço também conta com exposições de arte, artesanato, feira gastronômica e de empreendedorismo. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos já passaram pelo local.

“Colapsar” (direção coletiva), “Trincheira”, de Paulo Silver, “Para Todes”, de Victor Hugo e equipe, “Corpo D’água” (direção coletiva), “Vivi Lobo e o Quarto Mágico”, de Isabelle Santos e Edu MZ Camargo, “Onde Tem Índio, Tem Floresta”, de Fausto Junior, “(Des)matamento”, de Gunga Guerra, foram algumas das obras selecionadas.

Para Vera Rocha, é uma satisfação poder proporcionar às famílias momentos de educação e reflexão sobre o mundo e o que habita nele. Ela também relatou que sua participação na mostra é ainda mais significativa pelo fato de que seu marido, Pedro da Rocha, já falecido por causa da Covid, também foi da equipe do Circuito.

“Eu sou uma mulher e produtora muito feliz por ter participado dessa mostra. Eu sempre vinha como convidada e espectadora com o Pedro. Estou saindo de um luto e vim para o cinema. Eu e Pedro sempre prezamos por isso: ir ao cinema. O Circuito tem me dado vida porque perdi minha vida e o meu amor, então eu fui abençoada por ter participado disso tudo aqui”, revelou a produtora, apontando para o evento como quem abraça um porto seguro.